A dor durante o trabalho de parto! Quem explica?
Uma das preocupações que mais envolve as gestantes atualmente é o medo da dor!
É sabido que contamos com tecnologia farmacológica e métodos não farmacológicos que podem diminuir a dor, no entanto precisamos entender o porquê Deus nos permite o acontecimento da dor.
A dor exerce uma função importante em nosso organismo, ela nos alerta de que algo pode não estar bem, como por exemplo, uma dor no estômago pode significar que comemos algo estragado, uma dor muscular, que sobrecarregamos aqueles músculos.
Em situação de perigo, a dor pode evitar que nos submetamos a prejuízos maiores e também nos auxilia na recuperação de possivéis danos.
A dor durante o trabalho de parto, se diferencia bastante de outras dores que sentimos, por ser uma dor intermitente ( ela surge como uma onda que vai aumentando sua intensidade, chega a um pico e vai diminuindo até desaparecer), ciclo esse que se repete durante todo o trabalho de parto.
A mulher que está parindo consegue sentir seu quadril se abrindo, seu bebê se encaixando na pelve e toda a musculatura acessória trabalhando para dar passagem ao feto, com uma sensação de esforço intenso muitas vezes misturado ao prazer.
Semelhante a prática de atividades físicas, no trabalho de parto, ocorre a liberação do ácido lático na corrente sanguínea.
Vários relatos sobre a dor do parto sugerem uma dor intensa, facilmente e totalmente esquecida, assim como esquecemos as dores de uma atividade fisica e no outro dia estamos prontas para um novo treino, isso ocorre também porque a carga emocional depositada ao evento do nascimento é grande.
A presença do bebê é a recompensa de todo o esforço realizado durante o trabalho de parto.
Texto: Maria Morais Enfermeira obstetra e Doula na missão; Foto: Parto domiciliar Planejado, Willyane
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