Como acontece o trabalho de parto natural?

O trabalho de parto natural não acontece de forma rápida e não pode ser programado como nas novelas, na vida real é necessário passar por todas as fases com confiança e coragem, todo o período do trabalho de parto costuma demorar horas ou dias sendo imprevisível determinar o momento certo de tudo acabar, por isso é importante entender todo esse processo que prepara o corpo para o bebê nascer.

Vivenciar o trabalho de parto naturalmente é sempre algo novo, independente do nº de partos que a mulher tenha vivido, vêm a tona os medos, os traumas, as memórias tristes e alegres desde a infância.

Apesar da mulher unicamente passar por todo o processo doloroso, ter o apoio do companheiro e de profissionais de saúde encorajando-a, ajuda a diminuir o tempo do trabalho de parto.

No trabalho de parto natural há uma entrega total da mulher para que ela possa renascer junto ao nascimento do bebê. Nessa travessia que é o parto natural, nasce sempre uma mãe e nasce também um pai, ninguém consegue ser a mesma pessoa após uma explosão grandiosa de amor ao surgir uma nova família.

Ter um vínculo estabelecido com a enfermeira obstetra durante a gestação de risco habitual no pré-natal, vai além da preparação para o parto, da construção do plano de parto, da educação perinatal, das orientações e das avaliações obstétricas em domicílio durante o ínicio do trabalho de parto ( siiim é isso mesmo que você entendeu, a enfermeira obstetra vai até o domicílio assim que é solicitada pela família ou ela mesma percebe a necessidade de avaliação, avalia a mulher em trabalho de parto se a mulher estiver na fase latente ela realiza as orientações pertinentes e vai embora retornando quando houver necessidade ou iniciar a fase ativa, se a mulher estiver na fase ativa ela fica no domícilio avaliando e orientando até o momento oportuno de seguirem juntas para o ambiente hospitalar de escolha da mulher, a depender do nº de filhos e da distância do domicílio até o hospital, praticidade e conforto com responsabilidade não é mesmo?).

A construção desse vínculo com a enfermeira obstetra contribui muito para diminuir a peregrinação para o hospital de escolha da mulher e para diminuir a ansiedade do casal oferecendo a confiança que tudo está ocorrendo dentro do esperado para cada etapa conforme eles estudaram juntos durante o pré-natal.

Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo. São João 16:21

Mãe: Luciana Silva; Pai: Leonardo Yugo; Bebê: Agnes; Dra: Nayara Galvão; Enfermeira Obstetra: Maria Morais; Maternidade Brasília-DF

Texto: Maria Morais EO; Crédito das fotos: Adriana Lima/ Sagrado_parto