Marcha pelo parto Humanizado
Marcha pelo Parto Humanizado 21/04/2024
O Brasil é um País com dimensões continentais onde predomina um modelo de atenção ao parto com excesso de intervenções e cesarianas desnecessárias. É o segundo país com a maior taxa de cesariana no mundo, em torno de 57% do total de nascimentos.
Desde 2000, com a necessidade de melhorar os índices de morbimortalidade materna e neonatal, as políticas de humanização do parto e nascimento colocaram a enfermagem obstétrica em um importante papel dentro do cenário do parto, como fator transformador para um modelo de assistência humanizada, no qual a mulher é a protagonista no processo de gestação, parto e pós-parto. Neste modelo entende-se o parto como um evento fisiológico. O desejo por um parto mais respeitoso deu impulso ao movimento pela humanização do parto no Brasil e por demanda espontânea, o parto domiciliar planejado surgiu como uma opção segura para algumas mulheres.
O parto domiciliar planejado aponta para diversas vantagens, entre elas o fato de a mulher sentir-se num ambiente confortável, seguro e conhecido. A importância da microbiota que coloniza o corpo do bebê durante o nascimento e após 02 horas passam a compor a flora intestinal que constitui 80% do sistema imunológico do adulto, do ponto de vista da saúde humana nascer em casa é melhor do que qualquer outro lugar por questões da microbiota intestinal.
Os estudos nacionais e internacionais comprovam a segurança do parto domiciliar planejado para mulheres que tenham este desejo e que, durante seu pré-natal, sejam classificadas como gestantes de risco habitual. O parto deve sempre ser acompanhado, por profissionais habilitados e capacitados, com garantia de retaguarda hospitalar, para os casos em que a transferência se fizer necessária.
Apesar da atuação da enfermagem obstétrica estar totalmente de acordo com a Lei nº 7.498/1986, que trata sobre o exercício profissional da Enfermagem e o Decreto nº 94.406/87 que regulamenta esta Lei, os Conselhos de Medicina, em especial o do Rio de Janeiro, vem atuando insistentemente para impedir o trabalho autônomo de enfermeiras obstetras e obstetrizes, em todos os cenários e em especial no parto domiciliar planejado. ( Por Enfa. Obs. Dra. Heloísa Ferreira Lessa (RJ).
Preparem-se para um evento épico: A marcha pelo parto Humanizado, está chegando em diversas cidades do Brasil!
Equipes de parto; Coletivos com diversas categorias de profissionais que atuam no cenário do parto; Conselhos e órgãos que regulamentam o exercício dos profissionais da enfermagem, e a população irão as ruas pelo direito de escolha do profissional e do local do parto.
Aqui no Distrito Federal, será dia 21 de abril, as 09h da manhã, no Parque Sarah Kubitschek, estacionamento 10. O evento contará com diversas atrações: Músicas, pintura de barriga, e sorteio de brindes para os participantes.
Venham apoiar esse movimento pelo direito a autonomia e ao protagonismo da mulher durante a gestação, o parto e o nascimento, escolhendo o profissional e o local onde que parir.
Coordenação Nacional: Enfa. Obs. Ms. Danielle Bessler (RJ); Enf. Obs. Dr. Diego Vieira Mattos (GO); Enfa. Obs. Dra. Heloísa Ferreira Lessa (RJ); Enfa. Obs. Dra. Sabrina Lins Seibert Rocha (RJ).
Coordenação Estadual: Enfa. Obs. Esp. Maria Morais (DF), 61-986288771. Organizadores e apoiadores: Obra Prima; Gesto de amor; Livre Maternagem; Casa Aya; Casa de parto Luz de candeeiro; Facilitadoula; Instituto Matriusca; Bem_nafoto; Asdoulasride; REHUNA; COREN-DF; ABEN-DF; ABENFO-DF; Liga de Humanização do parto e nascimento, Ludmila Suaid e Caesb.
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